segunda-feira, 17 de maio de 2010

tvi??? what else, what else!!!

Quem frequenta o facebook com certeza já se habituou à ideia completamente transfigurada de criar um grupo social. É absolutamente normal o facto de criar ou aderir a pseudo-movimentos ou pseudo-petições sem nenhum interesse comum que não fazer crescer esse mesmo grupo. Até aqui tudo bem, nem que seja só pelo gozo que nos dá - eu próprio faço colecção. Ainda assim consigo ficar petrificado(!!) com alguns grupos.
Hoje mesmo vi um a bater bem lá no fundo. Com certeza irei ferir susceptibilidades, sobretudo aos que aderiram, mas tenho de me manifestar...hoje eu vi um grupo chamado odeio o tempo que demoram os intervalos da TVI!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! e isso perturbou-me!
Poderia ter achado o grupo "normal" se estivessem a ironizar a situação, mas atendendo ao ênfase dado pela larga e excessiva quantidade de pontos de exclamação, posso concluir que essas pessoas estão efectivamente...furiosas!!!!
Mas reparem que aqui o que me faz confusão não é a questão do objectivo não ter o mínimo de sentido ou até a própria insipidez do grupo. O que eu acho fenomenal é o facto de estarem a queixar-se dos intervalos DA TVI, esse grande canal de entretenimento. Para os que ainda não me estão a acompanhar, vou ser mais preciso: tratando-se da TVI, o único motivo de queixa devia ser os próprios CONTEÚDOS e nunca os intervalos. Sim, porque nesse canal o período durante o qual passam anúncios trata-se de um descanso da auto-mutilação intelectual da qual são vítimas quando estão a assistir à júlia pinheiro, ao luís goucha, às grandiosas ficções nacionais (jornal nacional inclusive), entre outros grandes programas...
Portanto, eu defendo que os intervalos são os únicos momentos de efectivo interesse em toda a grelha de programação da TVI... e só se por acaso estiverem interessados em comprar um champô amaciador que vos faça atingir orgasmos em pleno duche ou uma máquina de café que seja capaz corromper o São Pedro nas portas do céu.

terça-feira, 11 de maio de 2010

homo economicus morre solteiro

Apesar de atravessarmos o pico da fase dos twitts e da vandalização de murais no facebook, eu senti uma forte necessidade em criar este blog, pois sempre que quero escrever algo pessoal nessas miseráveis caixas de texto excedo o limite de caracteres. Das duas uma: a minha imaginação está no auge da sua fertilidade e obriga-me a expressar integralmente todas as suas passagens ou então, devido aos meus excessos crónicos, a minha capacidade de síntese ficou reduzida a cinzas.
Este é o meu primeiro blog e, como tal, pareceu-me bem deixar uma nota explicativa antes de começar propriamente a desbobinar...


O motivo principal deste blog adveio da insistência de professores e autores de Microeconomia no dever de estimular o «economista naturalista» em cada um de nós. E na procura pelo meu, surgiram vários momentos de iluminação...
Durante o meu estudo intensivo e pouco-reconhecido-pelos-meus-pais para o exame de microeconomia, num esforço para compreender as decisões económicas, apliquei a racionalidade económica aos namoros convencionais e a conclusão a que chego é muito simples: paixão e entrega são económica e financeiramente inviáveis! Se pesarmos o custo de oportunidade (tudo o que estamos a renunciar em função do compromisso; noitadas, bebedeiras, promiscuidade, jogos do Benfica, etc.) e colocarmos lado a lado com os benefícios de um relacionamento, o resultado será uma desigualdade obscena! Não me espanta que o puro romance se tenha perdido ao longo do tempo, à medida que a formação académica dos indivíduos aumenta...

Antes que me acusem de «capitão anti-romance», façam vocês o exercício!

Quando estão descomprometidos(as), vocês fazem parte de um mercado livre, cuja liberdade concede-vos uma infinidade de oportunidades de negócio vantajosas(e até mesmo avantajados!), onde podem exercer modalidades de imediato e curto prazo, SEM JUROS! Por outro lado, quando se comprometem estão a oferecer exclusividade e por consequência são automaticamente excluídos do mercado, queimando assim múltiplas as oportunidades de negócio. Ok, ok! Estão apaixonados e o amor não dá para controlar, é compreensível. Todos nós tomamos decisões estúpidas no calor do momento, acontece. E depois quando a chama apaga? O remanescente do contrato emocionalmente celebrado é uma relação estável (i.e., eufemismo para colete de forças) que vos priva e aborrece tanto quanto vos beneficia (i.e., um passe de livre acesso aos genitais do vosso companheiro(a)).
Portanto, a não ser que o vosso companheiro(a) seja titular ou herdeiro de uma fortuna, do ponto de vista económico, ficam sempre a perder!

Neste contexto, e dada a não-saciedade e preferências dos consumidores, é seguro afirmar que a poligamia é a única solução satisfatória e deverá ser o próximo passo da globalização.

Esta avaliação foi tendenciosamente influenciada pelo comportamento do «homo economicus», alvo de estudos económicos, e não pelo meu comportamento. No entanto, tenho de reconhecer que o seu pensamento egoísta traz sempre algum benefício acrescido.